percurso vida

"Para vencer o medo que temos, necessitamos dos
conhecimentos que ainda não temos. Para conhecer mais, formulamos hipóteses que reforçam nosso medo e nossa curiosidade; insistindo no processo, vamos criando novos medos e preconceitos ou chegamos ao prazer do conhecimento."

percursovida@hotmail.com


"No simples ato de ouvir podemos ajudar e transmitir paz a alguém, por isso fazer o bem pode ser mais fácil do que imaginamos, uma conversa, atenção, uma demonstração de amizade verdadeira, de valorização e apoio, pode ajudar muito alguém que esteja passando por dificuldades. É só pensar nisso e praticar dentro do possível."

Falo pelas minhas palavras e com o meu coração. Não sou nenhum profissional da
área médica, sou um “experiente” dependente químico.












CARTA DE UM DEPENDENTE QUÍMICO.



Pai, como eu gostaria de voltar atrás e seguir os teus conselhos e orientações! A minha rebeldia só me causou dor e sofrimento. Hoje, neste frio leito hospitalar e esperando a morte chegar, quero te revelar o nome de quem está me levando para o cemitério. Não sei como você vai receber este relato, mas preciso reunir todas as forças enquanto é tempo. Sinto muito, papai, acho que este diálogo é o último que tenho com o senhor. Sinto muito mesmo...
Sabe pai, já passou da hora do senhor saber a verdade que nunca desconfiou. Vou ser breve e claro... e bastante objetivo.
O tóxico é o grande responsável pelo meu sofrimento e pela minha morte. Travei conhecimento com meu assassino aos 15 anos de idade. É horrível, não, pai? Sabe como conheci essa desgraça? Foi através daqueles que eu considerava meus melhores amigos da escola e do bairro onde morávamos.
Eu tentei recusar. Tentei mesmo, mas eles mexeram o com meu brio, dizendo que eu era CARETA - que eu não era homem... e etc. Não é preciso dizer mais nada, não é, pai? Como não queria ser tachado de CARETA, acabei entrando para o terrível mundo das drogas.
No começo, foi o devaneio... depois veio a tortura... a escuridão. Não fazia nada sem que o tóxico estivesse presente. Em seguida, veio a falta de ar... o medo... as alucinações. E, logo após a euforia do pico, novamente, eu me sentia mais gente que as outras pessoas. Então o tóxico, meu amigo inseparável, sorria de minha desgraça.
Sabe, meu pai, quando a gente começa a usar drogas, acha que o mundo é ridículo e engraçado. Cheguei até a zombar de DEUS e a duvidar de Sua existência. Mas hoje, no leito de um hospital, reconheço que DEUS é mais importante que tudo no mundo e que, sem a Sua ajuda, não estaria, agora, escrevendo esta carta.
Pai, eu só estou com 19 anos; sei que não tenho a menor chance de viver. É muito tarde para mim! Mas ao senhor, meu pai, tenho um último pedido a fazer: mostre esta carta a todos os jovens que o senhor vier a conhecer. Diga-lhes que, em cada porta de escola... em cada cursinho de faculdade... em qualquer lugar, há sempre um grupo de falsos amigos e até namoradas(os), que irão lhes oferecer algum tipo de droga que poderá


 
 

Um comentário:

Katia Machado disse...

Mto triste. Como eu gostaria q meu filho saísse dessa!! Daria tudo p ajuda-lo.