percurso vida

"Para vencer o medo que temos, necessitamos dos
conhecimentos que ainda não temos. Para conhecer mais, formulamos hipóteses que reforçam nosso medo e nossa curiosidade; insistindo no processo, vamos criando novos medos e preconceitos ou chegamos ao prazer do conhecimento."

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"No simples ato de ouvir podemos ajudar e transmitir paz a alguém, por isso fazer o bem pode ser mais fácil do que imaginamos, uma conversa, atenção, uma demonstração de amizade verdadeira, de valorização e apoio, pode ajudar muito alguém que esteja passando por dificuldades. É só pensar nisso e praticar dentro do possível."

Falo pelas minhas palavras e com o meu coração. Não sou nenhum profissional da
área médica, sou um “experiente” dependente químico.












Dependência é diferente de “vício”

Primeiramente, vamos entender o que é a dependência química:
A dependência química é um estado resultante do uso habitual de drogas (ou qualquer substância química, incluindo álcool e até medicamentos), no qual existem sintomas físicos negativos de abstinência quando há interrupção abrupta e que é causada ou precipitada por um complexo de fatores genéticos, bio-farmacológicos e sociais.

A dependência química é uma doença crônica e reincidente, que envolve mudanças no cérebro que levam ao consumo compulsivo de drogas – sempre com conseqüências devastadoras. A decisão inicial de usar uma droga é voluntária, mas seu uso crônico pode precipitar mudanças cerebrais que comprometem os sistemas de recompensa, motivação e mesmo o livre-arbítrio.
Por que usamos o termo Dependência Química?
"QUÍMICA" por que se refere ao fato de que o que provoca a dependência é uma substância química. O álcool, embora a maioria das pessoas o separe das chamadas “drogas ilegais”, é uma droga tão ou mais poderosa em causar dependência química em pessoas predispostas quanto qualquer outra droga - ilegal ou não.
Existe diferença entre a dependência e o vício?
A dependência é diferente de vício. O vício é caracterizado como um mau hábito e a dependência é caracterizada por uma necessidade compulsiva em relação ao objeto da compulsão, do desejo.
Vamos explicar melhor a diferença entre vício e dependência:
Dependência é o impulso que leva a pessoa a usar uma substância química de forma contínua (sempre) ou periódica (freqüentemente) para obter prazer. Para entender a dependência, o objeto de compulsão não é tão importante. Uma pessoa pode ser dependente do trabalho, do jogo ou das compras, das drogas, da comida, do álcool, de sexo – qualquer coisa feita de forma freqüente e compulsiva, da qual a pessoa não consegue se livrar e é absolutamente impotente perante ela.
No caso da dependência química, a pessoa é totalmente dominada pela substância, podendo passar pela SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA se privada do uso da droga ou álcool.

Vício (do latim "vitium", que significa "falha ou defeito" ) é um hábito ou costume repetitivo adquirido que traz algum tipo de prejuízo ao viciado ou aos que com ele convivem.
Vício seria algo como um mau costume: por exemplo – roer unhas, mascar chicletes, mudar sempre os móveis de lugar, comer chocolate, pensar de forma negativa etc.
Todos nós temos algum tipo de vício, seja mais ou menos nocivos. Porém, o vício é normalmente algo ruim, pois cria padrões de comportamento, o seu oposto é a virtude.
Toda forma de vício é ruim, não importa que seja droga, álcool ou idealismo." Carl Gustav Jung
Para entender melhor o vício: uma pessoa que tem o hábito de fumar, não tem vício por cigarro e sim uma dependência por cigarro, pois sua falta traz fissura, nervosismo, desconforto físico e um desejo incontrolável - a pessoa não vê a hora de poder fumar novamente. Existe, no caso do cigarro, uma dependência física e psicológica – não é simplesmente um vício. Muitas vezes o fumante necessita, para abandonar o cigarro, recorrer a medicamentos, tratamentos específicos ou mesmo grupos de auto-ajuda.
Temos evidências de que os mecanismos cerebrais de dependências comportamentais, como, por exemplo, o prazer no jogo compulsivo, são similares aos produzidos por drogas. As substâncias psicoativas interferem nos mecanismos de recompensa, controlados pelo neurotransmissor dopamina. A maioria das drogas aumenta exageradamente a produção de dopamina, o que sobrecarrega o sistema de motivação e afeta circuitos cerebrais como a memória, a tomada de decisões e a motivação.

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