percurso vida

"Para vencer o medo que temos, necessitamos dos
conhecimentos que ainda não temos. Para conhecer mais, formulamos hipóteses que reforçam nosso medo e nossa curiosidade; insistindo no processo, vamos criando novos medos e preconceitos ou chegamos ao prazer do conhecimento."

percursovida@hotmail.com


"No simples ato de ouvir podemos ajudar e transmitir paz a alguém, por isso fazer o bem pode ser mais fácil do que imaginamos, uma conversa, atenção, uma demonstração de amizade verdadeira, de valorização e apoio, pode ajudar muito alguém que esteja passando por dificuldades. É só pensar nisso e praticar dentro do possível."

Falo pelas minhas palavras e com o meu coração. Não sou nenhum profissional da
área médica, sou um “experiente” dependente químico.












Abuso de álcool e drogas no final do ano.

O ano de 2011 já está terminando e, com a aproximação das festas de final de ano, começam as preocupações em torno do consumo abusivo de drogas e álcool, o que geralmente resulta em maiores ocorrências de acidentes de trânsito, situações de violência, entre outros problemas graves relacionados ao uso de álcool e drogas.




Muitas vezes, as pessoas esperam o fim de semana ou datas comemorativas para beber “tudo o que tem direito” ultrapassando o consumo considerado “normal”

Álcool e trânsito:
Grande parte das pessoas que bebe em ocasiões festivas acaba tendo problemas com a direção de veículos, porque não são capazes de reconhecer que a agilidade necessária para a direção (além de outras habilidades importantes, como a tomada de decisões) – são prejudicadas muito antes dos sinais físicos da embriaguez começar a surgir.
Outro engano comum é subestimar os efeitos da duração do álcool em nosso corpo. Alguns acreditam que parar de beber ou tomar um copo de café podem torná-los competentes a dirigir com segurança. A verdade é que o álcool continua a comprometer o cérebro, mesmo após a última dose, prejudicando a coordenação e a capacidade de julgamento até mesmo horas depois da ingestão de bebidas alcoólicas.

Álcool e violência:
O álcool é a droga mais associada à violência. Favorece a violência, rebaixa a crítica e aumenta a agressividade.
Dados do Ministério da Saúde mostram que a suspeita de ingestão de bebida alcoólica por parte do provável agressor foi relatada por 30,3% das mulheres vítimas de violências doméstica, sexuais e outras violências. Em 62,7% dos casos de violência contra mulheres, a agressão ocorreu em residência e 39,7% delas afirmaram já terem sido agredidas anteriormente. Tudo isto se intensifica nas festas de final de ano, já que o uso do álcool acaba se tornando mais “liberado”.
Um outro estudo brasileiro enfatiza o uso de álcool como um fator importante no processo de vitimização por homicídios. Entre os resultados, a pesquisa mostra que 43% das vítimas de homicídios analisadas apresentaram níveis de álcool no sangue superiores a 0,2g/l, e que 56,4% das vítimas mortas nos fins de semana estavam alcoolizadas, o que pode estar relacionado ao consumo de álcool de alto risco em bares e festas, mais comuns nesses dias.

Como ficam os dependentes químicos em recuperação nesta época do ano? O que fazer para evitar recaídas?
Esta é uma época do ano em que muitos adictos que estão limpos há algum tempo acabam recaindo. Por quê?
As festas podem aumentar a vulnerabilidade dos adictos de risco. Um número enorme de recaídas ocorre nos supostos “momentos bons da vida”. Quando a pessoa está numa celebração, festa ou quando recebe uma notícia boa. A oferta do álcool acaba sendo maior e isto cria uma situação de risco.
O alcoolismo não é somente uma questão de falta de força de vontade. É um processo bioquímico.
Porém, muitas vezes os próprios familiares acham que podem oferecer ao alcoólatra meia taça de Prosecco só na hora do brinde do natal ou do final do ano, sem entender o processo da dependência. Porém, isto é extremamente maléfico ao dependente químico. A molécula de etanol entra nas papilas gustativas e o cérebro já é alertado. Conforme o álcool começa a circular no organismo, o cérebro vai pedindo mais. É irrefreável. Para quem já perdeu o controle antes, é tudo ou nada. Por isto é importante que a família do dependente químico esteja alerta e tenha feito também o tratamento familiar.
Para que o dependente químico não recaia é necessário observar todos os passos de prevenção contra a recaída. Como isto funciona?
As estratégias de prevenção á recaída devem ser observadas,logo após a desintoxicação e continuar na família, por TODA A VIDA. Isto mesmo, por TODA A VIDA.
Elas têm o objetivo de ajudar o dependente a lidar com as situações em que há possibilidade de recair no uso de drogas.
A primeira e mais importante estratégia é estimular o dependente químico a fugir dos lugares, dos hábitos e das pessoas com quem ele usava drogas. O prazer de usar droga e álcool fica registrado na memória corporal – independentemente de sua vontade. Os lugares, os hábitos, os odores, trazem à tona lembranças da “ativa” e isto pode ser letal para a recuperação.
O usuário deve se afastar das situações que provoquem seu desejo. Deve-se evitar falar sobre drogas ou assistir reportagens e filmes em que há cenas de uso. Cada um, dentro de sua nova maneira de viver, deve desenvolver formas ou habilidades para trabalhar com estas situações, porque elas aparecerão sempre, durante toda a vida. O fato é que o usuário nunca mais se desvinculará da dependência. Então ele deverá manter-se atento à sua fragilidade. É como um paciente diabético, ele sempre será diabético, mas não precisa padecer com a diabetes, se seguir o tratamento. Porém deverá ficar em alerta total para o resto da vida.
É importante que o dependente químico refaça e renove o compromisso consigo mesmo do “Só por hoje”. Procurar, só por hoje, viver este dia apenas, sem tentar resolver, de imediato, todos os problemas de sua existência.
É comum os pensamentos do dependente químico se voltarem para a bebida e a droga nestas festas, levando-o a algumas lembranças de falsas “alegrias” passadas, sensações de prazer.
Hoje, seus pensamentos devem ser de recuperação e não mais de “ativa”. E cada pensamento que ele cultiva pode levá-lo a um sentimento e comportamento de igual força, contribuindo para o impulso de beber ou se drogar.
É sabido que os pensamentos negativos nos convidam para sentimentos também negativos e desconfortáveis. Por isso, pensar de forma positiva, afirmativa e pró-ativa sobre si próprio e sobre todo o seu processo de recuperação é muito importante.
Por último, a espiritualidade e qualidade de vida (honestidade, mente aberta e boa vontade) é de suma importância para a prevenção à recaída. Sem ela, não existe recuperação e com ela fica mais fácil vencer os obstáculos na caminhada rumo ao crescimento pessoal e à sobriedade. A disciplina também é uma ferramenta poderosa que o dependente químico pode ter em mãos.
Nesta época de final de ano, além de cuidados com a recuperação já recomendados, sugerimos que o dependente químico procure estar em dia com as leituras e reuniões dos 12 passos. Pode-se participar das festividades, mas reconhecendo que há possibilidade de ter recaída, voltando a ser o que era ou até pior. Portanto deve-se por toda a vida evitar a primeira dose. A abstinência é fundamental no tratamento da dependência química.
Em situações de emergência, o dependente não deve vacilar. É importante ficar pouco na festa ou local de risco e procurar não se testar. Se encontrar dificuldades, então dever compartilhar de imediato com seu grupo de apoio, com seu padrinho, lembrando-se que o silêncio é a pior resposta para quem está em recuperação.
Nos primeiros meses ou anos iniciais a fase de recuperação é importante que a família evite o uso de álcool em comemorações festivas, pois o dependente químico ainda está iniciando seu processo de recuperação e ainda não enfrentou grandes situações de exposição e risco. É necessário que haja preparação emocional para esses tipos de riscos e situações, às vezes inevitáveis. E que haja ainda, um “despertar” consciente de que tais situações ou pressões podem afetar os pensamentos, os sentimentos e, conseqüentemente, o comportamento, deixando o dependente químico bastante vulnerável.
Tenham em mente também que todo dia que um dependente químico fica sóbrio antes de uma recaída é extremamente valioso, tanto para o indivíduo quanto para sua família. Porém, se ocorre uma recaída, é muito importante voltar a procurar tratamento e obter o apoio necessário para não beber mais.


Uma dica valiosa:

Para ajudar as pessoas a se manterem sóbrias durante as festas de final de ano, alguns Grupos de NA (Narcóticos Anônimos) e AA (Alcoólicos Anônimos) promoverão plantões em vários grupos da cidade. Estes grupos farão plantão nas vésperas de natal e ano novo e ajudarão os membros a ficarem mais resistentes e menos propensos a recaídas nestes dias.

O trabalho para evitar a recaída precisa ser diário e envolve toda a família. É um trabalho silêncioso, mas eficaz. Só por hoje!!!!

tenha um bom.



DEPOIMENTO DE CAZUZA.

COMEÇEI COMO TODO MUNDO... FESTAS,NOITADAS,CASAS DE AMIGOS,CHURRASCOS
ENFIM...



"Estou careta, não bebo, não tomo drogas, não estou mais na noite; estou tratando de mim de um jeito que nenhuma babá trataria. Nunca tinha ido a um médico até os 30 anos... eu não sabia que tinha um corpo e que ele podia falhar um dia".

"Troquei de analista e tenho mais fé. Chamei por Deus, sim, a gente sempre chama o nome de Deus em vão, não é? Acho que Deus é parte do medo que a gente tem".

"Dei a volta por cima da morte. Isso me deu uma fé muito grande. A doença é metade corpo, metade carma - uma atmosfera da qual você precisa se livrar. Saí da doença com o corpo fraco e a cabeça forte. O tratamento médico nos Estados Unidos foi tão importante quanto a gravação do disco. Este disco é da sobrevivência".

"Nunca estive tão ruim em minha vida. Um dia o suicídio passou pela minha cabeça. Rapidamente. Queria tomar alguma coisa para desmaiar. Não sentia prazer em estar vivo. Nunca entendi o suicida. Achava uma covardia. Aí eu entendi".

"Não gosto que me perguntem se estou com aids. Me faz lembrar uma coisa que eu quero esquecer. Contei para muito pouca gente o que eu passei no hospital. Mas todo mundo sabe o que eu tenho".
"Perdi dez quilos, perdi meus músculos e não os recuperei. Tinha um pouquinho de barriga. Tinha um Bundão. Meus amigos me chamavam de 'Maria Gorda'."

"Acho que a gente tem que saber usar as coisas e não deixar que as coisas usem a gente. As drogas, principalmente, me ajudaram muito na minha adolescência. Me ajudaram a entender o mundo de uma outra maneira, me ajudaram a ser uma pessoa mais segura de mim mesmo. Minha experiência com as drogas foi fantástica, só me fez bem. Mas foi uma coisa de adolescência, depois eu me tornei mais biriteiro".

"Quando li pela primeira vez um artigo falando da doença, pensei que era aquilo que eu tinha. Comecei a ter febre nos fins de tarde, mas não contava para ninguém. Tomava duas aspirinas e ia para o bar, beber. Se nesse começo tivesse ido a um médico, hoje estaria muito melhor do que estou. Agora faço tratamento psiquiátrico para sair do alcoolismo. Tomo remédio para não ter vontade de beber, e não bebo. À noite, tomo um calmante e durmo seis horas. É pouco. Já vivi uma época em que dormia doze horas seguidas. Muitas vezes acordo sem ar e preciso de ajuda. Sexo ainda é importante para mim. Não sou um aidético casto".

Mas não consigo encontrar alguém que me entenda e, a essa altura, já não sei dividir mais nada, muito menos apartamento. Já não tenho saco pra ser cobrado de nada e dificilmente as mulheres entendem que gosto de ficar sózinho com meus versos, escutando música ou simplesmente em silêncio.

ME AFASTEI DE TODOS E TODOS SUMIRAM.

Aspectos Gerais do Alcoolismo

O uso de bebidas alcoólicas é tão antigo quanto a própria humanidade. Beber moderada e esporadicamente faz parte dos hábitos de diversas sociedades. Determinar o limite entre o beber socialmente e o alcoolismo (síndrome de dependência do álcool) é por vezes difícil de ser determinado. O problema se torna evidente quando o indivíduo passa a consumir bebidas alcoólicas diariamente.



A identificação precoce do alcoolismo geralmente é prejudicada pela negação das pessoas quanto a sua condição de alcoólatras. Além disso, nos estágios iniciais é mais difícil fazer o diagnóstico, pois os limites entre o uso "social" e a dependência nem sempre são claros. Quando o diagnóstico é evidente e o paciente concorda em se tratar é porque já se passou muito tempo, e diversos prejuízos foram sofridos. É mais difícil de se reverter o processo. Como a maioria dos diagnósticos mentais, o alcoolismo possui um forte estigma social, e os usuários tendem a evitar esse estigma. Esta defesa natural para a preservação da auto-estima acaba trazendo atrasos na intervenção terapêutica. Para se iniciar um tratamento para o alcoolismo é necessário que o paciente preserve em níveis elevados sua auto-estima sem, contudo, negar sua condição de alcoólatra, fato muito difícil de se conseguir na prática, a falta de diálogo com o cônjuge, freqüentes explosões temperamentais com manifestação de raiva, atitudes hostis, perda do interesse na relação conjugal.

O Álcool pode ser procurado tanto para ficar sexualmente desinibido como para evitar a vida sexual. No trabalho os colegas podem notar um comportamento mais irritável do que o habitual, atrasos e mesmo faltas. Acidentes de carro passam a acontecer. Quando essas situações acontecem é sinal de que o indivíduo já perdeu o controle da bebida: pode estar travando uma luta solitária para diminuir o consumo do álcool, mas geralmente as iniciativas pessoais resultam em fracassos. As manifestações corporais costumam começar por vômitos pela manhã, dores abdominais, diarréia, gastrites, aumento do tamanho do fígado. Pequenos acidentes que provocam contusões, e outros tipos de ferimentos se tornam mais freqüentes, bem como esquecimentos mais intensos do que os lapsos que ocorrem naturalmente com qualquer um, envolvendo obrigações e deveres sociais e trabalhistas.

A susceptibilidade a infecções aumenta e dependendo da predisposição de cada um, podem surgir crises convulsivas. Nos casos de dúvidas quanto ao diagnóstico, deve-se sempre avaliar incidências familiares de alcoolismo porque se sabe que a carga genética predispõe ao alcoolismo. É muito mais comum do que se imagina a coexistência de alcoolismo com outros problemas psiquiátricos prévios ou mesmo precipitante. Os transtornos de ansiedade, depressão e insônia podem levar ao alcoolismo. Tratando-se a base do problema muitas vezes se resolve o alcoolismo. Já os transtornos de personalidade tornam o tratamento mais difícil e prejudicam a obtenção de sucesso.

UM SONHO...

Eu tenho um sonho

Ver o dia em que um dependente químico poderá falar abertamente da sua condição de portador de uma doença (uma limitação), sem que seja olhado de lado, com desconfiança, receio ou menosprezo. Parece-me difícil. É quase como se a sociedade negasse nossa realidade. Como se negasse nossa existência. Ela, a sociedade, quase clama pelo consumo de drogas. Talvez se aceitasse nos ver, acabaria tendo que admitir o risco desta necessidade. Então repelir o uso de drogas seria roubar um pouco a liberdade de ser inconsequente na busca da abstração em um mundo severo e acre na sua realidade. Talvez sejamos excluídos por sermos a vertente do sonho. O freio de um impulso humano histórico. A âncora de uma navio que se alegra de poder estar à deriva, e resiste a atracar. Olhar-nos como fracos, moralmente questionáveis ou ainda simplesmente como pessoas sem caráter, é uma proteção ideal. Cruel! Serve para a manutenção do poder fugir sem restrições de si mesmo. Do seu próprio mal. Da impotência diante da natureza moralmente questionável, inerente a todo ser humano. Excluir um homem por temer poder ser o que ele é, demonstração de mais uma insanidade social.

TOC: Terapia Cognitiva-Comportamental

O Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) é um quadro psíquico incluído nos Transtornos de Ansiedade. Seus sintomas envolvem alterações do comportamento (rituais ou compulsões, repetições, evitações), do pensamento (obsessões sobre dúvidas, preocupações excessivas, pensamentos de conteúdo ruim ou impróprio, etc.) e da emoção (medo, aflição, culpa, depressão).



As obsessões – são pensamentos ou impulsos que invadem a mente de forma repetitiva e persistente. Esses pensamentos invasivos são um fenômeno natural, entretanto, para os indivíduos com TOC são interpretados como indícios de algum risco, gerando muita ansiedade, medo e aflição.

Obsessões mais comuns:
- Preocupação excessiva com sujeira, germes ou contaminação.
- Dúvidas.
- Preocupação com simetria, exatidão, ordem, seqüência ou alinhamento.
- Pensamentos, imagens ou impulsos de ferir, insultar ou agredir os outros.
- Pensamentos, cenas ou impulsos indesejáveis e impróprios relacionados ao sexo (idéias sobre comportamento sexual violento, abuso sexual de crianças, homossexualidade, palavras obscenas).
- Preocupação em armazenar, poupar, guardar coisas inúteis ou economizar.
- Preocupação com doenças ou com o corpo.
- Idéias sobre religião (pecado, culpa, escrupulosidade, sacrilégios ou blasfêmias).
- Pensamentos supersticiosos: preocupação com números especiais, cores de roupa, datas e horários (podem provocar desgraças).
- Palavras, nomes, cenas ou músicas intrusivas e indesejáveis.

Compulsões ou rituais – são comportamentos ou atos mentais e repetitivos, executados em resposta às obsessões. As compulsões aliviam momentaneamente a ansiedade associada às obsessões, levando a pessoa a executá-las toda vez que sua mente é invadida por uma obsessão.
Compulsões mais comuns:
- Lavagem ou limpeza.
- Verificações ou controle.
- Repetições ou confirmações.
- Contagens repetitivas.
- Promover a ordem, simetria, seqüência ou alinhamento.
- Acumular, guardar ou colecionar coisas inúteis, poupar ou economizar.
- Compulsões mentais: rezar, repetir palavras, frases, números, fazer listas, tentar afastar pensamentos indesejáveis, substituindo-os por pensamentos contrários.
- Diversas: tocar, olhar, bater de leve, confessar, estalar os dedos.



As compulsões associadas a dúvidas também podem ser mentais, como reler várias vezes um texto, visualizar várias vezes uma cena, etc. Fazem parte das compulsões as atitudes evitativas (evitações).

Evitações – são, com muita freqüência, comportamentos adotados como forma de não desencadear as obsessões evitando-se as situações, objetos ou circunstâncias que geram tais pensamentos e, conseqüentemente, ansiedade.

Evitações mais comuns:
- Não tocar em trincos de portas, ou outro objeto com a mesma conotação.
- Isolar compartimentos e impedir o acesso dos familiares.
- Restringir o contato com sofás, cadeiras e etc.

TERAPIAS AOS DEPENDENTES QUÍMICOS.

Tratar dependentes químicos com terapias complementares, não tem como principal objetivo fazer com que o paciente deixe de se drogar, mas sim que ele encontre dentro de si o motivo que o leva às drogas.
As crises de abstinência podem ser tratadas e as dosagens dos remédios podem ser diminuídas com a ajuda das terapias complementares.
Antes de a dependência ser diagnosticada pela observação do comprometimento físico, todos os meridianos, canais de energia, Chakras e glândulas do corpo etérico já foram danificadas.
Os bloqueios da energia causam as doenças físicas, mentais e emocionais, sem falar no comprometimento do perispírito onde se observam rupturas do campo áurico, perdas de energia e embrutecimento do padrão vibracional, facilitando a sintonia com as energias mais primitivas e desarmônicas, que são atraídas como se por um imã.
Estudos já provaram que a dependência química altera os padrões de DNA, desenvolvendo uma memória genética, que coloca o dependente num estado de quarentena constante, onde deve monitorar as substâncias que ingere o padrão de vida, pensamentos, ações, tudo o que possa detonar essa memória.
A energia naturalmente flui dos Chakras chamados inferiores (primeiro, segundo e terceiro) para o cardíaco e deste para os superiores (quinto, sexto, sétimo). As substâncias tóxicas fragmentam esse fluxo. Cada uma delas tem maior afinidade com determinado Chakra, porém com o tempo todos são afetados.
O primeiro Chakra que se torna disfuncional em todo o tipo de dependência, é o cardíaco. Ocorre um distanciamento das relações afetivas saudáveis e naturais e, com isso, acontece o endurecimento do pericárdio (membrana que envolve o coração) e o congelamento das emoções, principalmente no que se refere a trocas afetivas construtivas, pois o binômio dar e receber são substituído por uma situação onde o dependente suga a energia das outras pessoas.
O sentimento de vazio é tão intenso e doloroso, que o dependente necessita disto para sentir-se inteiro. Sente-se abandonado, carente, com um sentimento de inadequação que o isola e faz buscar cada vez mais as substâncias que amorteçam sua dor.
A maconha leva a um estado de alienação afetando principalmente o primeiro Chakra que é o da sobrevivência, da vinculação com a vida, da conexão com a Terra. Ocorre a sensação de que vestir o corpo é algo muito doloroso, assim como estar no aqui e agora.
Acontece também uma diminuição de atividade do sexto Chakra, o Chakra frontal, governado pela glândula pituitária e responsável pela intuição e ligação com o mundo espiritual. Como resultado, ocorrem perda da motivação, lentidão de todo o metabolismo, alterações da habilidade de compreensão e capacidade de avaliação (aumento da agressividade e dificuldades escolares, principalmente em adolescentes).
Por estas explicações se compreende que é fundamental a harmonização dos Chakras.

Para o tratamento acontecer o primeiro passo é admissão da dependência, o autoperdão, o despertar do amor incondicional e da esperança. Culpas, raivas, ressentimentos devem ser limpos e transmutados.
Perdoar a si mesmo, perdoar aos outros, viverem o aqui e o agora e entender que nunca estamos sós, saindo assim da orfandade espiritual e semeando solo fértil para receber ajuda. Abençoar toda experiência de vida boa ou ruim como instrumento de crescimento.
A mudança do sistema de crenças que gerou a dependência é vital, assim como a discussão aberta sobre o vício e suas armadilhas. Ela deve acontecer de dentro para fora. Não se foge da dor, ela tem que ser vista, identificada, acolhida, para só então ser liberada.
Daí a necessidade do acompanhamento psicológico e de um suporte espiritual.
A terapia holística e a complementar proporciona alguns instrumentos que podem auxiliar no tratamento da dependência química: Reiki, Terapia Floral, Acupuntura, Meditação, etc.
A meditação é, por excelencia é um antidoto natural contra a ansiedade e o estresse, dois dos principais fatores que reforçam a vontade de consumir drogas.
A pratica meditativa tem o poder de restituir esta plataforma de paz e harmonia interna. Ela religa a pessoa ao seu centro e à sua essencia. É uma ferramenta que ajudara a alcançar a vitoria final de modo mais facil e com menos sofrimentos.

Diário de Uma Internação

 Lembranças do fundo do poço.
A dor e o desconforto da noite anterior revelam o grau de incapacidade pessoal para enfrentar meus sentimentos, decepções, as perdas e frustrações na realidade vivida com o outro, tão comuns, naturais e freqüentes nas relações sociais do cotidiano. Sempre que minha leitura da realidade aponta o enfrentamento como uma situação incontornável, gera uma inevitável antecipação da possibilidade de dor e sofrimento inerentes a situação.


Esta ameaça à minha estabilidade emocional é produto da vulnerabilidade da perda, que nestes momentos resgata emoções de mágoas e insegurança profundamente encarceradas. Uma distorção tão oculta e desagradável dos meus sentimentos que gostaria de poder esquecê-las, principalmente porque ainda me furtam a oportunidade de viver o desafio de extravasar de forma positiva a raiva que a mágoa provocou e que faz com que eu receie que libertá-la me transforme numa pessoa “ruim”. Na medida em que bloqueio este sentimento de raiva, internalizo um volume poderoso de energia negativa, objetivando tamponar uma imensa quantidade de dor, o que produz um alto custo de sofrimento individual.

Por isto, diante da impossibilidade de exteriorizar esta raiva na direção exata daquilo que produziu a mágoa inicial, procurei serenidade através de exercícios respiratórios e meditação, para reunir as forças que me fizeram entrar em contato direto e intenso com os meus sentimentos. Tais estratégias levaram-me a reflexão sobre todo o processo vivido, procurando entender como evitar o que me levou, de forma tão evidente, a supervalorizar a frustração da expectativa da visita que não veio ontem.

Ainda assim, tive uma péssima noite de sono, entrecortada por diversos pesadelos sempre vinculados a situações de discussões e discórdia com minha esposa a mãe de meu filho.

Apesar da noite mal dormida, hoje acordei bastante bem humorado, embora muito sonolento. Tomei o café da manhã e, logo após, participei das atividades, assisti a palestra do Conselheiro em Dependência Química da clínica sobre o tema RECAÍDA.

Muito proveitosa e esclarecedora, a palestra propiciou-me a oportunidade de reconhecer-me em diversos pontos abordados, tratando de forma simples algumas informações importantes, as quais tento aqui partilhar com os leitores neste valioso espaço de comunicação, debate e esclarecimento sobre o problema das drogas.



RECAÍDA

A Síndrome da Dependência Química é uma doença com bases identificadas, no medo de crescer e no medo da responsabilidade.

A recaída é um processo que culmina com o uso, produz conseqüências emocionais ou psicológicas, cujos extremos podem ser identificados como a retomada do uso, insanidade ou loucura e a morte.

Sinais e Sintomas que denunciam a entrada no processo de recaída:

1. Porre Seco – Irritabilidade e intolerância constantes;
2. Porre Adormecido – Apatia, desmotivação e fuga pelo sono;
3. Desafio e a Grandiosidade – Freqüência a lugares de adicção ativa, companhia de pessoas em adicção ativa e postura de que “acha que sabe tudo.”

Curva da Recaída:

1. Mudança na percepção da doença e das necessidades do tratamento;
2. Antigos padrões de comportamento voltam a ser atuados;
3. Tentativas de impor os seus padrões aos demais;
4. Comportamento compulsivo (sexo, trabalho, compras, jogo, etc.)
5. Atitudes defensivas diante do confronto;
6. Comportamento compulsivo, intempestivo e raiva;
7. Tendência ao isolamento e solidão;
8. Visão de túnel (obsessão)
9. Falta de planejamento construtivo;
10-Fuga através do sono, indiferença;
11-Passa o tempo sonhando acordado;
12-Planos calcados em metas inatingíveis;
13-Pensamento do tipo bem que eu tentei, mas não funcionou, começam a tomar conta;
14-Imaturo desejo de ser feliz;
15-Diferenças e Indiferenças;
16-Confusão mental;
17-Irritabilidade com parentes, amigos e colegas de tratamento;
18-Comportamento explosivo;
19- Hábitos irregulares de alimentação;
20-Sensação de estar sobrecarregado;
21-Incapacidade de cumprir compromissos;
22-Diminui a freqüência às reuniões (A.A., N.A., etc.);
23-Distúrbios do sono.

Sou um adicto?

Só você pode responder a esta pergunta.

Isto pode não ser fácil. Durante todo o tempo em que usamos drogas, quantas vezes dissemos “eu consigo controlar”. Mesmo que isto fosse verdade no princípio, não é mais agora. As drogas nos controlavam. Vivíamos para usar e usávamos para viver. Um adicto é simplesmente uma pessoa cuja vida é controlada pelas drogas.

Talvez você admita que tenha problema com drogas, mas não se considere um adicto. Todos nós temos idéias preconcebidas sobre o que é um adicto. Não há nada de vergonhoso em ser um adicto, desde que você comece a agir positivamente.
Se você é um adicto, precisa primeiro admitir que tem problema com drogas antes de fazer qualquer progresso no sentido da recuperação.  A adicção é uma doença que, sem a recuperação, termina em prisão, instituições e morte.  A adicção leva nosso orgulho, auto-estima, família, entes queridos e até mesmo nosso desejo de viver. Se você não chegou a esse ponto com sua adicção, não precisa chegar. Descobrimos que nosso inferno particular estava dentro de nós. Se você quer ajuda, pode encontrá-la .
“Estávamos buscando uma resposta quando estendemos a mão e encontramos.  Enfrentamos três realidades perturbadoras:
  1. Somos impotentes perante a adicção e nossas vidas estão incontroláveis;
  2. Embora não sejamos responsáveis por nossa doença, somos responsáveis pela nossa recuperação;
  3. Não podemos mais culpar pessoas, lugares e coisas por nossa adicção. Devemos encarar nossos problemas e nossos sentimentos.

MEU FILHO ESTÁ USANDO DROGAS, E AGORA ?


Levar a assumir as consequências
Um grave erro é quando a família, em vez de orientar, começa a esconder os problemas do filho ou tirando-o de confusões resultantes do uso de drogas. Esta atitude deve ser mudada, com os familiares dando oportunidade para que o filho viva as consequências de seu comportamento, aumentando seus motivos para mudar.

O momento certo de falar com o filho
Em um momento calmo, após um incidente, um desentendimento com a família devido ao uso de drogas, ou depois de um eventual acidente decorrido do problema, pode ser a hora certa de conversar.

Conversa franca e específica
O melhor caminho é ser sincero, franco, objetivo. Dizer que está preocupado com o uso de drogas e que é necessário o atendimento especializado. Mostrar exemplos de situações na vida da pessoa em que o uso de substâncias psicoativas tenha causado prejuízo para ele ou para outras pessoas é válido.

Mostrar as consequências de não tratar
Tomar medidas não como punição, mas para proteção do dependente, como proibir a utilização do veículo ou agir para que evite determinadas festas ou locais que possam favorecer o uso de drogas é indicado. Mas as promessas devem ser cumpridas.



Mantenha-se pronto para ajudar
Se a pessoa aceitar o tratamento,procure um grupo de auto-ajuda (N.A ou A.A) ou marque imediatamente um horário para o atendimento profissional e se ofereça para estar junto.
Mas se ele recusa o tratamento, nada impede que a família tome a iniciativa de buscar uma ajuda especializada. Assim, os familiares demonstram que estão dispostos a participar do processo.

Propagandas de drogas proibidas – Parte II

Depois de publicar a primeira parte dessa matéria, levei um tempinho pra conseguir juntar material suficiente para publicar a segunda parte. Mas até que não demorou muito.

Muita gente desconhece que as drogas proibidas de hoje eram liberadas no passado. Cocaína, heroína, anfetaminas, maconha, barbitúricos, etc, todas vendidas legalmente e com direito a propaganda nos meios de comunicação mais populares da época. Nesta parte acrescentei propagandas de cigarro,álcool, anfetaminas, barbitúricos e coca-cola, que hoje não são proibidas, mas entram no rol das grandes drogas da humanindade.

CLOROFÓRMIO
Para quem acha que clorofórmio só serve pra fazer o famoso “loló” ou “cheirinho da loló”, olha que não era bem assim. Até 1976, era usado na composição de xaropes para tosse, pastas de dentes entre outros produtos, destinados ao uso adulto e infantil.
Kimball xarope para tosse – além de clorofórmio também tinha álcool na sua composição. Bom para tosse e outros problemas respiratórios. Crianças deviam tomar em intervalos de 3-4 horas.

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ÁLCOOL
Álcool continua em nossas vidas, e muitas vezes nem lembramos que seja uma droga apesar da série de consequências que traz para a sociedade. Que adolescentes bebem, todos sabem, isso não vai parar nunca apesar da proibição da venda de álcool para menores. Mas naquela época era recomendado…

Anheuser-Bush’s Malt-Nutrine
Após 1800, muitas cervejarias começaram a explorar um novo mercado. Vender tônicos para bebês. Os tônicos continham cerca de 2% de álcool, e seu marketing era marcado pela frase “alimento em forma líquida”, prometendo aumento do apetitie e fazendo com que os babys dormissem sem incomodar os pais…ô beleza ein!

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Pabst Extract
Marca de cerveja que continua no mercado até hoje, prometia uma melhor convivência entre mãe e filho,hahahahaha
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MACONHA
Maconha antes era mais que liberada, era um remédio. O tempo passou, os governantes mudaram de opinião e começaram uma campanha avassaladora contra a maconha, recriminando o uso e incentivando o narcotráfico. Hoje aos poucos isso está voltando a ser o que era, maconha sendo usada com remédio em vários países. Dá pra entender?

Cosadein
Esse devia ser dos bons, tinha maconha, codeína, clorofórmio, e outras substâncias, também indicado no tratamento da tosse.

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COCA-COLA
Opa, coca-cola é droga? Deve ser, sou mega viciado em coca-cola! Mas antes a proposta era diferente. Coca-cola era vendida como um xarope estimulante, composta a princípio por vinho e cocaína, que posteriormente foram substituídos por xarope e extrato de folhas de coca. Há quem diga que na fórmula secreta da coca-cola ainda tem cocaína…

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ANFETAMINAS
Elas continuam no mercado, prometendo praticamente as mesmas coisas. Até mesmo ecstasy foi desenvolvido nessa época como droga para emagrecer e diminuir o cansaço.

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BARBITÚRICOS

Outra classe de drogas que ainda é comercializada, porém dizem que agora seu uso é controlado porque na caixinha tem uma tarja preta…

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TABACO

Também vendido com todo o suporte dos governantes mundiais até hoje, o que mudou no passar do tempo foi que agora as propagandas estão cada vez mais restritas e a venda em teoria é proibida para menores de idade. Mas alguns eram vendidos como auxiliar no tratamento da asma. Muita gente famosa já ganhou dinheiro fazendo propaganda de cigarro, entre eles o ex-presidente dos EUA, Ronald Reagan.


Dependência é diferente de “vício”

Primeiramente, vamos entender o que é a dependência química:
A dependência química é um estado resultante do uso habitual de drogas (ou qualquer substância química, incluindo álcool e até medicamentos), no qual existem sintomas físicos negativos de abstinência quando há interrupção abrupta e que é causada ou precipitada por um complexo de fatores genéticos, bio-farmacológicos e sociais.

A dependência química é uma doença crônica e reincidente, que envolve mudanças no cérebro que levam ao consumo compulsivo de drogas – sempre com conseqüências devastadoras. A decisão inicial de usar uma droga é voluntária, mas seu uso crônico pode precipitar mudanças cerebrais que comprometem os sistemas de recompensa, motivação e mesmo o livre-arbítrio.
Por que usamos o termo Dependência Química?
"QUÍMICA" por que se refere ao fato de que o que provoca a dependência é uma substância química. O álcool, embora a maioria das pessoas o separe das chamadas “drogas ilegais”, é uma droga tão ou mais poderosa em causar dependência química em pessoas predispostas quanto qualquer outra droga - ilegal ou não.
Existe diferença entre a dependência e o vício?
A dependência é diferente de vício. O vício é caracterizado como um mau hábito e a dependência é caracterizada por uma necessidade compulsiva em relação ao objeto da compulsão, do desejo.
Vamos explicar melhor a diferença entre vício e dependência:
Dependência é o impulso que leva a pessoa a usar uma substância química de forma contínua (sempre) ou periódica (freqüentemente) para obter prazer. Para entender a dependência, o objeto de compulsão não é tão importante. Uma pessoa pode ser dependente do trabalho, do jogo ou das compras, das drogas, da comida, do álcool, de sexo – qualquer coisa feita de forma freqüente e compulsiva, da qual a pessoa não consegue se livrar e é absolutamente impotente perante ela.
No caso da dependência química, a pessoa é totalmente dominada pela substância, podendo passar pela SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA se privada do uso da droga ou álcool.

Vício (do latim "vitium", que significa "falha ou defeito" ) é um hábito ou costume repetitivo adquirido que traz algum tipo de prejuízo ao viciado ou aos que com ele convivem.
Vício seria algo como um mau costume: por exemplo – roer unhas, mascar chicletes, mudar sempre os móveis de lugar, comer chocolate, pensar de forma negativa etc.
Todos nós temos algum tipo de vício, seja mais ou menos nocivos. Porém, o vício é normalmente algo ruim, pois cria padrões de comportamento, o seu oposto é a virtude.
Toda forma de vício é ruim, não importa que seja droga, álcool ou idealismo." Carl Gustav Jung
Para entender melhor o vício: uma pessoa que tem o hábito de fumar, não tem vício por cigarro e sim uma dependência por cigarro, pois sua falta traz fissura, nervosismo, desconforto físico e um desejo incontrolável - a pessoa não vê a hora de poder fumar novamente. Existe, no caso do cigarro, uma dependência física e psicológica – não é simplesmente um vício. Muitas vezes o fumante necessita, para abandonar o cigarro, recorrer a medicamentos, tratamentos específicos ou mesmo grupos de auto-ajuda.
Temos evidências de que os mecanismos cerebrais de dependências comportamentais, como, por exemplo, o prazer no jogo compulsivo, são similares aos produzidos por drogas. As substâncias psicoativas interferem nos mecanismos de recompensa, controlados pelo neurotransmissor dopamina. A maioria das drogas aumenta exageradamente a produção de dopamina, o que sobrecarrega o sistema de motivação e afeta circuitos cerebrais como a memória, a tomada de decisões e a motivação.

Acompanhamento Terapêutico

Acompanhamento Terapêutico (AT)

O Acompanhamento Terapêutico (AT) é uma atividade realizada (há mais de 40 anos) em espaço não restrito ao consultório. Tem como objetivo fazer com que a pessoa que está sofrendo possa aumentar sua participação na tomada de atitude perante a sua vida, exercitando outras formas de lidar no/com o seu contexto.

Essa prática, em sua modalide clínica, mostra-se como uma forma de dar contingência às manifestações do paciente (em muitos casos também da família e/ou outros grupos) que de alguma forma encontra-se em dificuldade para agir frente aos acontecimentos da vida cotidiana.
No AT, o tratamento dá-se no espaço no qual o paciente encontra-se. Ou seja, a intervenção pode ocorrer: na casa, escolas, clubes, cinemas, shopping, caminhadas pelas ruas, etc.
Neste tipo de intervenção o sujeito é percebido como um membro ativo que juntamente com o terapeuta irá redesenhar o seu fazer cotidiano, desenvolvendo estratégias para modificar algumas dificuldades.


O Acompanhamento Terapêutico é utilizado para qualquer pessoa que precise de uma companhia especializada fora do consultório. É muito variada a população que vem se beneficiando dessa prática, tais como: idosos, crianças, sujeitos com algum tipo de fobia (social, medo de dirigir), pessoas com esquizofrenia, autismo, depressão, pânico, crises de ansiedade, acidentados, entre outros

Propagandas de drogas proibidas.

Muita gente desconhece que as drogas proibidas de hoje eram liberadas no passado. Cocaína, heroína, anfetaminas, maconha, barbitúricos, etc, todas vendidas legalmente e com direito a propaganda nos meios de comunicação mais populares da época. Fica a pergunta de quais as drogas que são comercializadas hoje que serão proibidas e por consequência controladas pelo narcotráfico no futuro.

COCAÍNA
Até 1914, cocaína era facilmente encontrada para venda em diversos lugares, a maioria na forma de pastilhas para dor de dente, remédios para caspa e fortificantes.

Pastilhas de cocaína para dor de dente – Laboratório Lloyd
Olha só o preço, 15 centavos de dólar. O desenho é intrigante…será que os camponeses depois de chupar umas balinhas de coca ficavam brincando com pauzinhos.


Vinho de cocaína – Metcalf
Uma combinação de vinho extraído da planta da coca + cocaína que juntos formam uma substância conhecida como cocaetileno, que quando ingerida via oral é tão poderosa quanto a cocaína.


Vinho de coca Vin Mariani
Mais um tônico revigorante que ficou famoso graças ao poder da cocaína. Como o sabor do vinho era bem ruim, as estratégias de marketing se concentravam no fator revigorante mais do que no fator enebriante do vinho. Pela alegria das mocinhas dançando a impressão que fica é que o negócio era bom mesmo.


OPIÓIDES
Heroína Bayer
De 1898 até 1910, Bayer e outros laboratórios vendiam heroína como anti-tussígeno, e as ingênuas propagandas eram feitas ao lado de drogas mais simples que resistem até hoje no mercado, como a aspirina.



Glico-heroína – Laboratório Smith
Heroína combinada com glicerina, prometendo a solução dos problemas para tosse. Vai vendo.



Ópio injetável Pantopon - Roche Laboratório
“Experimente Pantopon para aliviar os sintomas da dependência de morfina, um excelente analgésico”. Resumindo: deixe de ser dependente de morfina e torne-se dependente de ópio.




Morfina expectorante sabor cereja – Ayer
A cura para resfriados, tosses e todos os tipos de doença que afetam os pulmões e garganta. Continha morfina e heroína. Uma belezinha. Dá um look na criancinha sedenta pra dar uma colheirada e na outra que já tomou fazendo carinhos na garrafa.


Xarope calmante para bebês Mr Winslow
65 mg de morfina para deixar seu bebê calminho calminho quando estão nascendo os dentes.



Legal highs - nova geração de entorpecentes.

Há muita discussão em torno da legalização das drogas. Enquanto uns defendem a proibição do     cigarro em lugares públicos, por exemplo, outros levantam bandeiras a favor da liberação da maconha.

Polícia e agências de saúde do mundo todo têm lutado contra drogas instituídas  - cocaína, heroína, ecstasy e ácidos - como podem. O problema é quando surgem drogas que driblam a lei, mas causam os mesmos efeitos de dependência e destruição social.



A "legal highs", como são conhecidas na Europa, já chegaram ao Brasil e são vendidas até pela Internet. A Anvisa registrou recentemente uma apreensão considerável, ocorrida no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, mas do ponto de vista criminal, nada pode ser feito contra quem importa, vende ou usa esse tipo de drogas.
Essa nova geração de entorpecentes é fabricada em laboratório a partir de substâncias sintéticas que reproduzem os efeitos das drogas comuns. No verão europeu, as "legal highs" são vendidas em larga escala em festivais de música e podem ser encontradas o ano todo, em prateleiras de bancas de revistas e lanchonetes. "Quem compra é aquele que nunca usou drogas, mas quer provar antes algo que acha mais leve, para ter a sensação da droga comum. No fundo, é tudo a mesma coisa", diz um jovem que acabou de chegar da Holanda e prefere não se identificar. Segundo ele, as "legal" são mesmo mais baratas e acessíveis por lá.
Há absurdos como um site americano, com base na Flórida, que vende a genérica Cok-n, prometendo os efeitos da cocaína e ainda listando os malefícios da droga tradicional. Eles anunciam o produto como lícito pelo mundo todo, ao custo de US$ 2 por cápsula, enquanto que a cocaína tradicional, segundo o site, custa US$ 125 a grama.
Essas drogas reproduzem o efeito das comuns, mas não tem os mesmos princípios psicoativos - o que significa que passam batido pela fiscalização de agências como a Anvisa, por exemplo, no que diz respeito às penalidades criminais. "Elas não caem no crime de tráfico porque não estão descritas na portaria 344 da Anvisa e não são consideradas drogas para fins penais", explica Adilson Bezerra, chefe de inteligência da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Mas ele garante que a portaria é sempre atualizada com novas substâncias, como essas usadas nas "legal highs".

Do ponto de vista administrativo, no entanto, qualquer pessoa que esteja portando ou comercializando esse tipo de substância pode sim ser multada. "A Anvisa apreende essas substâncias e emite um auto de infração. A multa varia de R$ 1,5 mil até R$ 2 milhões. Trabalhamos com o risco sanitário e podemos submeter essas substâncias a controle e análise", informa.
O problema das "legal highs" está na brecha penal - que abre portas para a ilegalidade camuflada. "É preciso alterar a portaria 344 para impedir essa lacuna", reitera Adilson.
A maior dificuldade no trabalho da Anvisa está em identificar esse tipo de droga, que é vendida como incensos e pomadas, por exemplo. "E como não identificamos grandes importadores, também é mais complicado fazer apreensões. Tudo chega aqui em pequenas quantidades".

Dependência Química – Reino Unido abre clínica de reabilitação só para para usuários de drogas sintéticas

O sistema de saúde inglês abriu uma clínica só para usuários de drogas sintéticas, cujo uso cresceu muito em três anos no país.
Além de ecstasy e outros itens proibidos, frequentadores de casas noturnas estão abusando das “legal highs”, substâncias criadas em laboratório que simulam efeitos dos entorpecentes ilegais.

O consumo desses compostos químicos aumentou muito. Só em 2010, identificamos 41 novos compostos à venda”, diz o pesquisador Jonh Ramsey, da St. George’s University, em Londres.
Neste ano, outras 20 “drogas legais” usadas na noite foram identificadas. “Não dá para dizer o quanto são perigosas. Não conseguimos testar tudo.”

Dependente Diferente
Usuários de drogas sintéticas são diferentes dos de crack, cocaína e heroína, segundo o fundador da clínica Club Drug, Owen Jones. “Eles têm nível de educação alto, estão empregados, às vezes não percebem que estão dependentes e não se adaptam aos tratamentos convencionais.”
Outro diferencial dos dependentes das “club drugs” é sua alta adesão à internet. “É na rede que compram drogas. Nossa estratégia é usar a tecnologia para levar informação sobre nosso serviço e sobre o risco dessas drogas. Estamos nas redes sociais”, diz o coordenador da clínica.
Essas drogas começaram a surgir na década de 80, com as primeiras raves. “O que se vê agora é a redução do uso de heroína e crack e aumento no consumo de ecstasy, mefedrona e `legal highs’. Esse cenário é um grande desafio ao tratamento da dependência, pois lidamos com drogas novas todo dia”, diz Jones.
A mefedrona, que até 2010 era vendida legalmente no Reino Unido, já é a segunda droga mais usada por jovens britânicos.

A clínica tem um time multidisciplinar que faz a avaliação do paciente e define o tratamento, que vai de psicoterapia a desintoxicação. O atendimento é feito no hospital de Chelsea e Westminster, na região central de Londres.

Estudos no Brasil                
No Brasil, as “legal highs” já são consumidas por alguns grupos e as outras drogas sintéticas são bem populares nas baladas. Mas não há clínicas especializadas.
Segundo Flávia Jungerman, psicóloga do Grea (Grupo de Estudos de Álcool e Drogas), do Hospital das Clínicas de SP, esse consumo é novo no país e as implicações médicas e sociais ainda não foram bem estimadas. “O uso acontece mais nas capitais e está associado à cena eletrônica. É um fenômeno jovem e elitizado.”
Mas, de acordo com Jungerman, faltam estudos epidemiológicos que calculem o número de usuários de drogas sintéticas no Brasil.
Um primeiro levantamento nacional sobre uso de drogas entre universitários, feito pelo Grea no ano passado com 12.771 jovens de várias capitais, mostrou que 7,5% dos estudantes já utilizaram o ecstasy ao menos uma vez.

CARTA DE UM DEPENDENTE QUÍMICO.



Pai, como eu gostaria de voltar atrás e seguir os teus conselhos e orientações! A minha rebeldia só me causou dor e sofrimento. Hoje, neste frio leito hospitalar e esperando a morte chegar, quero te revelar o nome de quem está me levando para o cemitério. Não sei como você vai receber este relato, mas preciso reunir todas as forças enquanto é tempo. Sinto muito, papai, acho que este diálogo é o último que tenho com o senhor. Sinto muito mesmo...
Sabe pai, já passou da hora do senhor saber a verdade que nunca desconfiou. Vou ser breve e claro... e bastante objetivo.
O tóxico é o grande responsável pelo meu sofrimento e pela minha morte. Travei conhecimento com meu assassino aos 15 anos de idade. É horrível, não, pai? Sabe como conheci essa desgraça? Foi através daqueles que eu considerava meus melhores amigos da escola e do bairro onde morávamos.
Eu tentei recusar. Tentei mesmo, mas eles mexeram o com meu brio, dizendo que eu era CARETA - que eu não era homem... e etc. Não é preciso dizer mais nada, não é, pai? Como não queria ser tachado de CARETA, acabei entrando para o terrível mundo das drogas.
No começo, foi o devaneio... depois veio a tortura... a escuridão. Não fazia nada sem que o tóxico estivesse presente. Em seguida, veio a falta de ar... o medo... as alucinações. E, logo após a euforia do pico, novamente, eu me sentia mais gente que as outras pessoas. Então o tóxico, meu amigo inseparável, sorria de minha desgraça.
Sabe, meu pai, quando a gente começa a usar drogas, acha que o mundo é ridículo e engraçado. Cheguei até a zombar de DEUS e a duvidar de Sua existência. Mas hoje, no leito de um hospital, reconheço que DEUS é mais importante que tudo no mundo e que, sem a Sua ajuda, não estaria, agora, escrevendo esta carta.
Pai, eu só estou com 19 anos; sei que não tenho a menor chance de viver. É muito tarde para mim! Mas ao senhor, meu pai, tenho um último pedido a fazer: mostre esta carta a todos os jovens que o senhor vier a conhecer. Diga-lhes que, em cada porta de escola... em cada cursinho de faculdade... em qualquer lugar, há sempre um grupo de falsos amigos e até namoradas(os), que irão lhes oferecer algum tipo de droga que poderá


 
 

Do prazer à dor

As drogas ilegais não são as únicas substâncias a provocar dependência; existem também os loucos por sexo, chocolate, jogos e mesmo por compras




              Quem nunca se divertiu ao consumir álcool ou tentou esquecer algum problema tomando um porre que atire a primeira pedra. Se não foi com álcool, pode ter sido com o cigarro, com drogas ilícitas e até mesmo com chocolate e café. Ou ainda, numa fúria consumista, no shopping ou em um sexo bem feito. O fato é: a busca pelo prazer nos move, tendemos a repetir ações agradáveis e às vezes é nesse prazer que encontramos uma forma de fugir das dificuldades. O problema é quando o "gostar muito" se transforma em dependência, e o prazer se transforma em dor.

              Não são apenas os consumidores de drogas ilícitas (cocaína, heroína, maconha...) ou lícitas (cigarro e álcool) que estão sujeitos a isso. Sexo, jogo, compras e comida também podem ser alvo de compulsão e os seus dependentes apresentam os mesmos sintomas de quem se vicia em substâncias químicas. Os especialistas são categóricos ao dizer que não existe sociedade sem drogas - isso se estende, para todo tipo de substância psicoativa, ou seja, que afete o funcionamento do cérebro (o que inclui também a cafeína, presente no café, na Coca-Cola e no chocolate). Mas é possível ir além: talvez não exista sociedade sem vícios - sejam eles por drogas ou por comportamentos.
Faz parte da história da humanidade buscar substâncias psicotrópicas. Acredita-se que o consumo de ópio, álcool e Cannabis já ocorria de 3.000 a 4.000 anos antes de Cristo.

              "O fenômeno de dependência de drogas é algo que se prende à condição humana com diversas finalidades, desde a de apaziguar as dores, as angústias, as tristezas, até o de elevar aos deuses", escrevem os psiquiatras Antônio Pacheco Palha e João Romildo Bueno no prefácio do livro "Dependência de Drogas", que compila textos de 54 especialistas no assunto. "Assim sendo", continuam eles, "é natural que, enquanto houver dor, angústia, frustração, abatimento e dúvidas o homem irá continuar o uso de drogas ".

              Mas não é só a busca de um alívio que leva a esse consumo. "Existem dois tipos de vício: um que serve para alterar a percepção de uma realidade intolerável e outro que passa só pela questão do prazer", afirma o psiquiatra Dartiu Xavier, coordenador do Proad (Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes), da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

Prevenção,Os jovens não se aproximarão das drogas se as temerem.

  Muito se tem feito nos últimos tempos para que as pessoas se previnam contra o uso de drogas. Mas também muito se tem feito, legal ou ilegalmente, para que elas sejam usadas. O resultado final é que as pessoas estão consumindo cada vez mais drogas.
Usar drogas, significa em primeira instância, buscar prazer. É muito difícil lutar contra o prazer, porque foi ele que sempre norteou o comportamento dos seres vivos para se autopreservarem e perpetuarem sua espécie. A droga provoca o prazer que engana o organismo, que então passa a querê-lo mais, como se fosse bom. Mas o prazer provocado pela droga não é bom, porque ele mais destrói a vida do que ajuda na sobrevivência. A prevenção tem de mostrar a diferença que há entre o que é gostoso e o que é bom.
Todo usuário e principalmente sua família têm arcado com as consequências decorrentes desse tipo de busca de prazer.
Pela disposição de querer ajudar outras pessoas, parte da sociedade procura caminhos para previnir o maior mal evitável deste final de milênio.

Caminhos disponíveis

1. Do medo - Os jovens não se aproximarão das drogas se as temerem. Para se criar o medo, basta mostrar somente o lado negativo das drogas. Pode funcionar para crianças enquanto elas acreditarem no adultos.

2. Das informações científicas - Quanto mais alguém souber sobre as drogas, mais condições terá para decidir usá-las ou não. Uma informação pode ser trocada por outra mais convincente e que atenda aos interesses imediatos da pessoa.

3. Da legalidade - Não se deve usar drogas porque elas são ilegais. Mas e as drogas legais? E todas as substâncias adquiridas livremente que podem ser transformadas em drogas?

4. Do princípio moral - A droga fere os princípios éticos e morais. Esses valores entram em crise exatamente na juventude.

5. Do maior controle da vida dos jovens - Mais vigiados pelos pais e professores, os jovens teriam maiores dificuldades em se aproximar das drogas. Só que isso não é totalmente verdadeiro. Não adianta proteger quem não se defende.

6. Do afeto - Quem recebe muito amor não sente necessidade de drogas. Fica aleijado afetivamente que só recebe amor e não o retribui. Droga é usufruir prazer sem ter de devolver nada.

7. Da auto-estima - Quem tem boa auto-estima não engole qualquer "porcaria". Ocorre que algumas drogas não são consideradas "porcarias", mas "aditivos" para curtir melhor a vida.

8. Do esporte - Quem faz esporte não usa drogas. Não é isso o que a sociedade tem presenciado. Reis do esporte perdem sua majestade devido às drogas.

9. Da união dos vários caminhos - É um caminho composto de vários outros, cada qual com sua própria indicação. Cada jovem escolhe o mais adequado para si. Por enquanto, é o que tem dado os resultados mais satisfatórios.

10. Da Integração relacional - Contribuição para enriquecer o caminho 9. Nesse trajeto, o jovem é uma pessoa integrada consigo mesmo (corpo e psique), com as pessoas com as quais se relaciona (integração social) e com o ecossistema (ambiente), valorizando a disciplina, a gratidão, a religiosidade, a ética e a cidadania.

DROGAS E OS JOVENS.

Como falar aos jovens sobre drogas

      Nos dias de hoje, o adolescente recebe um bombardeio de informações através dos meios de comunicação, que o deixam inteirado de tudo o que se passa ao seu redor.
Ao se falar em droga, certamente vamos despertar sua curiosidade, que deve ser utilizada para a formação de conceitos sadios e exatos sobre as drogas e as desvantagens de seu uso.
Pais e professores, devem, através de orientação segura e sem nenhum alarme, criar a condição necessária para que o adolescente se torne refratário aos assédios de maus amigos e traficantes.
É na adolescência, ou pré-adolescência, que se deve dar maior destaque a um programa de caráter educativo preventivo.
Devemos observar que os traficantes, sabedores que nesta fase se consegue o viciado certo de amanhã, nos dias de hoje, estão levando para o mundo das drogas meninos e meninas de até 9 anos, portanto, o quanto antes iniciarmos nossa conscientização, não estaremos cometendo exagero algum.



Como saber se um jovem usa drogas

1 - Mudança brusca no comportamento;
2 - Irritabilidade sem motivo aparente e explosões nervosas;
3 - Inquietação motora. O jovem se apresenta impaciente, inquieto, irritado, agressivo e violento;
4 - Depressões, estado de angústia sem motivo aparente;
5 - Queda do aproveitamento escolar ou desistência dos estudos;
6 - Insônia rebelde;
7 - Isolamento. O jovem se recusa a sair de seu quarto, evitando contato com amigos e familiares;
8 - Mudança de hábitos. O jovem passa a dormir de dia e ficar acordado à noite. Existência de comprimidos, seringas, cigarros estranhos, entre seus pertences;
9 - Desaparecimento de objetos de valor, de dinheiro ou, ainda, incessantes pedidos de dinheiro. O jovem precisa, a cada dia mais, a fim de atender às exigências e exploração de traficantes, para aquisição de produtos que lhe determinaram a dependência;
10 - Más companhias. Os que iniciaram no vício passam a fazer parte da vida do jovem.



O que dizer quando seu filho pergunta: "Você já usou drogas?"
Nas conversas sobre drogas, uma das perguntas mais comuns que os filhos fazem aos pais é: "Você já usou?" A não ser que a resposta seja "não", é difícil saber o que dizer, porque quase todos os pais que já usaram drogas não querem que seus filhos usem. E isso não é hipocrisia. É querer o melhor para seus filhos, porque hoje esses pais compreendem os perigos das drogas, quando eram jovens não entendiam. O pai que esconde do filho que usou drogas na juventude pode ter sua confiança abalada se a criança descobrir. Por isso, quando for feita essa pergunta, a melhor saída é dizer a verdade. O que não significa relatar suas experiências em detalhes.
Assim como nas conversas sobre sexo, algumas coisas devem ser reservadas. Evite dar mais informações do que foi solicitado pela criança.
Faça perguntas esclarecedoras para ter certeza de que você entendeu exatamente o que seu filho está perguntando antes de responder. Limite sua resposta às informações pedidas.