Um dos grandes problemas deste século é a
dependência química. Quando falamos em dependência química falamos do abuso de
substâncias psicoativas, isto é, toda droga que altera o humor e o comportamento
do indivíduo.
Parece que quase toda cultura permite, tolera e considera o uso de drogas. Mas o que são drogas? Do ponto de vista psicológico, drogas são agentes modificadores do comportamento, também um hábito e atitude social tolerados em muitas circunstâncias. Existe uma diferença, contudo, entre uso da droga como lazer e o abuso dela. Abuso e dependência passam a ser um obstáculo sério ao ajustamento social, um problema no ambiente de trabalho, um agente destruidor na família e nas relações sem mencionar os danos causados à saúde.
“A dependência química – que cresce de modo assustador – é responsável por problemas sociais sérios: desemprego, acidentes de trabalho, prostituição, hospitais e prisões superpopulosas e violência na família”.
A Dependência Química se classifica como um estado mental e, muitas vezes físico que resulta da interação entre um organismo vivo e uma droga psicoativa. A dependência sempre inclui uma compulsão de usar a droga para experimentar seu efeito psíquico ou evitar o desconforto provocado por sua ausência.
Neste contexto devemos observar que existem duas dependências: física e psíquica. A dependência física é um estado de adaptação do corpo manifestado por transtornos físicos quando o uso da substancia é interrompido, um dos indicativos de estar ocorrendo uma dependência física é a manifestação de síndrome de abstinência que surge com a suspensão da substancia no organismo.
A dependência psíquica é constituída pela compulsão ao uso da droga, buscando o individuo a obtenção do prazer ou a diminuição de algum desconforto. Geralmente quando o individuo não obtém a droga experimenta ansiedade, irritação, insônia e um desconforto geral.
Quando a dependência se estabelece é comum perceber os seguintes sintomas:
• Tolerância à droga – doses maiores para se obter o mesmo efeito inicial;
• Redução dos interesses do individuo por questões não relacionadas à droga, passando o sujeito a dedicar todo seu tempo e energia para localizar, adquirir e consumir a droga;
• Diminuição da auto-estima - ocorre associada à redução de interesses, a deterioração dos cuidados consigo mesmo (a isso inclui necessidades básicas como higiene, alimentação, sono), perda de vínculos sociais (que não estão relacionados à droga) e envolvimento em atividades criminosas para obter a droga (pequenos furtos, inclusive);
• Dificuldades em administrar sua vida financeira;
• Perda do auto-respeito;
• Sentimentos de vazio;
• Hostilidade e agressividade excessiva com familiares;
• Apatia;
• Isolamento;
• Falta de motivação para trabalho, atividades como esportes, estudo e etc;
• Grau de insatisfação muito grande e um espírito crítico acentuado;
• Depressão;
• Vida sexual promíscua – fator importante para a contaminação com DST;
É importante ressaltar que a relação que o individuo tem com a substancia é de suma importância, a aparição de alguns destes sintomas não classifica per si um dependente químico. Em todos os casos é sempre indicado à procura de profissionais qualificados para a avaliação e tratamento dos mesmos. A dependência química é uma doença multifacetada e para isso necessita de equipe multidisciplinar como médicos, psicólogos, assistentes sociais e etc para uma melhor condução e tratamento.
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